
Enquanto milhares de brasileiros esperam por anos para receber o que é seu por direito, um grupo seleto de autoridades parece ter tido tratamento VIP.
Foi isso que revelou a ‘’Operação Carburador’’, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), nesta terça-feira (13), em Formosa (GO).
A investigação mira um esquema de pagamento antecipado de precatórios, que teria beneficiado diretamente vereadores, ex-vereadores, procuradores e até advogados ligados à gestão pública municipal. Ao todo, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão.
O motivo? A fila do pagamento foi desrespeitada e os “de sempre” passaram na frente.
Pagamento privilegiado de precatórios não é só fraude: é desrespeito com o cidadão que depende do dinheiro para viver
Segundo o MPGO, nomes que exerceram cargos públicos em Formosa podem ter articulado a liberação dos valores de forma indevida, pulando etapas legais para receber antes dos demais credores. A lista inclui vereadores com mandato e figuras conhecidas da política local.
A força-tarefa contou com a presença da Polícia Civil, Militar e da OAB, além do núcleo de inteligência do próprio MP. Todo o material recolhido deve reforçar a denúncia e pode resultar em ações penais nos próximos meses.
Entre os investigados estão:
- Edmundo Nunes Dourado (vereador em exercício)
- Jesulindo Gomes de Castro, Jurandir Humberto, Emilio Torres, Jeremias Gomes, Nélio Marques, Eliton de Paiva, Dijair Geracy, Domingos de Sena, Miguel Rubens, José Aparecido, Antônio Faleiro, Divino Ramos, Wenner Patrick e Gustavo Marques (todos ex-vereadores)
- Ítalo José Xavier (procurador do município)
- Alessandro de Sousa (ex-procurador)
- Santiago Ribeiro (advogado)
- Irani Tavares de Campos (particular)
Entenda o que são precatórios e por que o pagamento fora da ordem legal preocupa
Precatório é uma dívida que o governo reconhece após perder uma ação judicial. Simples assim. Quando isso acontece, há uma ordem legal de pagamento, organizada em uma fila nacional. Quem está no topo, recebe antes. Quem está no fim, espera. E muitos morrem esperando.
O que a operação aponta é que essa fila foi furada com aval de quem deveria respeitar a lei. E mais: com dinheiro público envolvido, os bastidores políticos viram palco de privilégio.
O RPV Notícias segue acompanhando o caso e cobra transparência nos pagamentos judiciais, que devem ser iguais para todos e não moeda de troca política.
Fonte: Metropoles
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